O Centro de Serviços Compartilhados, ou CSC, é uma estratégia originada nos Estados Unidos e que começou a ser adotada no Brasil nos anos 1970. A sua lógica é reunir todos os processos que fogem do core business — a atividade principal do negócio — das empresas em um único centro a fim de buscar melhorias e otimizações.
Mas como essa estratégia de gestão pode ser funcional para as pequenas e médias empresas (PMEs)?
As principais funcionalidades de um CSC
É muito mais fácil entender as funcionalidades de um centro de serviços compartilhados usando o exemplo de uma holding, aqueles negócios que controlam outras empresas produtoras. Confira abaixo:
Otimização de processos
Uma das principais premissas de um CSC é justamente padronizar e otimizar os processos em comum, realizados por empresas diferentes, sejam elas tanto do mesmo grupo, como de grupos de negócios diferentes. Por exemplo, uma holding que gerencia uma produtora de papel, uma fábrica de embalagens de papel e uma transportadora.
Ainda que as empresas atuem em setores diferentes e tenham modelos de negócios nem um pouco similares, elas possuem processos internos que são repetitivos, similares ou exatamente iguais.
E, ao criar um centro de serviços compartilhados, a holding otimiza os processos, pois facilita a padronização, a qualidade dos resultados e aumenta a produtividade devido à especialização daqueles processos.
Redução de custos
Talvez, o objetivo mais visado da criação destes CSC é justamente a redução de custos. Imagine seguindo o mesmo exemplo anterior: se cada uma das três empresas contratar serviços de tecnologia da informação aleatórios e de forma individual, o ROI em TI será menos interessante do que se as demandas das mesmas três empresas fossem negociadas com um único fornecedor, de forma conjunta.
Assim, os centros de serviços compartilhados têm a importante função de reduzir os custos dos processos em comum de diversas empresas justamente com um poder de negociação maior devido à grande escala de suas compras.
Centralização da estratégia
Alguns grupos de trabalho de uma empresa carregam a alma do negócio. Por exemplo, a equipe de pesquisa e de inovação pode ser mais emblemática em uma produtora de papel do que em uma transportadora, ainda que elas sejam dos mesmos proprietários. Isso porque cada uma tem o seu core business.
Mas todas as empresas têm, por exemplo, atividades administrativas essenciais (back office) que permitem o funcionamento de cada uma e que precisam seguir a mesma estratégia de sua holding. Neste caso, compartilhar os serviços de forma centralizada facilita a gestão e reduz os riscos de cada uma das empresas terem direcionamentos estratégicos diferentes. Ou seja, o grupo de empresas passa a atuar de forma mais estratégica no trabalho de back office, ainda que em mercados diferentes.
Centro de serviços compartilhados para empresas diferentes
Apesar de ser bem mais fácil compreender a importância de um CSC para empresas de um mesmo grupo, é possível expandir a aplicação destes centros para negócios de proprietários diferentes. Por exemplo: diferentes empresas que se associam, transferindo pessoas e recursos para a criação de um centro de serviços compartilhados que gerará troca de conhecimento e economia para cada uma das empresas participantes.
Assim, as organizações podem dedicar seus esforços à alma do seu negócio, mantendo suas estratégias individuais e contando com serviços compartilhados de qualidade e com baixo custo.
E o principal atrativo da criação destes CSC para empresas diferentes é a transparência da gestão. Isso porque o centro de serviços compartilhados pode ser gerido por representantes das empresas envolvidas ou por profissionais que prestam contas a elas. Isso significa maior transparência na gestão dos serviços em comum, como nos custos e na metodologia dos processos.
Você já havia imaginado que empresas sem vínculos pudessem compartilhar serviços operacionais? Então, não deixe de assinar nossa newsletter para sempre receber conteúdos como este e não ficar desatualizado das boas práticas e estratégias do mundo dos negócios.